Andei pensando muito em você esses dias. Lembrando de como era lindo o seu olhar cheio de vida e esperança quando falava do futuro e, principalmente, quando ditava o meu com detalhes especiais. Éramos tão crianças...
Lembro das tardes espetaculares que passei ao seu lado e do tempo que perdíamos falando do mundo quando podíamos estar nos conhecendo melhor. Se ao menos eu soubesse que não teria mais oportunidades de estar com você... Mas a vida nos prega peças terríveis e a sua partida foi a pior que já presenciei em toda a minha vida.
Lembro das nossas bobices, brincadeiras e implicâncias de amigos. Os desenhos com canetinha que fazia em mim, as gargalhadas, as balas que você roubava na minha mochila, chicletes mascados, biscoitos repartidos, conversas secretas, músicas, piadas e palhaçadas.
Queria poder dividir contigo a dor da incerteza que carrego dentro de mim. Será que daríamos certo? Será que você aprovaria meus namorados, flertes, paixões ou até mesmo novas amizades? Ou será que brigaríamos e prometeríamos nunca mais olhar um na cara do outro... Por um segundo, um dia, um mês, uma vida. Tanto faz. Acontece é que, além disso, dói muito mais a certeza de que eu poderia ter o conhecido muito mais, te amado muito mais. E não fiz porque fui fraca, temerosa e não tive coragem de trocar tudo pela sua companhia.
Lembro dos nossos telefonemas no meio da noite e o quanto eles se estendiam quando o motivo era meu medo do escuro e de dormir sozinha. Você falava besteiras, contava casos e acasos da vida. Me pedia opinião pra escolher suas namoradas mas, no final, sempre escolhia ficar com todas. E eu ria. Ria até ficar com sono e esquecer que a luz estava apagada.
Lembro das lágrimas que me fez derramar e o quanto elas fizeram de mim uma pessoa mais forte. Me arrependo de ter feito delas um motivo para me afastar de você. Me arrependo muito de ter sido orgulhosa e te olhado por cima quando, na verdade, o que eu queria era estar sob teu abraço.
Quando bate a saudade, eu queria pelo menos poder te mandar uma mensagem dizendo que não me importo com o que passou... E que eu ainda te amo como no primeiro sorriso sincero que o entreguei. Queria poder te ligar e o chamar pra sair. Pra comer pipoca com chocolate, jogar bola até cansar e olhar as estrelas nas pontas dos dedos dos pés. Como sempre fizemos. Você ainda se lembra disso?
Lembro do quanto eu reclamava que quando estávamos juntos o tempo passava rápido e frio demais. E nessa de passar e esfriar, você foi embora e nunca mais voltou. Sem Adeus. Sem uma explicação. Simplesmente me deixou aqui, sozinha e sem agasalho. Quebrando o “pra sempre” que eu tanto acreditava ser eterno.
Se um gênio me concedesse um pedido de mudança seria, sem dúvidas, a minha última lembrança de você. Eu estava sentada em um banquinho de plástico com o olhar perdido na multidão, procurando um motivo que tornasse sensata a minha ida àquela festa. Foi quando seus olhos encontraram os meus e, sem dificuldade, os reconheci. Exprimiam a mesma esperança de anos atrás. Você sorriu e veio em minha direção com rapidez e eu, mais rápida ainda, virei o rosto e fugi da sua procura. Eu não queria mais estar contigo.
Hoje, quando penso nesse dia, lembro apenas das suas palavras todas as vezes que discutíamos por alguma coisa. “Ninguém é perfeito. Ninguém vai ser capaz de te fazer feliz e realizar seus desejos 24 horas por dia a vida inteira.” Eu sei, você só dizia verdades. Mas, por algum motivo egoísta o qual desconheço, eu queria que você quebrasse essas regras e fosse, ao menos, quase perfeito. Perfeito para mim ou para qualquer pessoa. Porque, você sabe, éramos a melhor dupla que o mundo conheceu.
Lembro de quando fiquei sabendo da sua partida. Minha primeira reação foi dar gargalhadas. Ri com desespero, incredulidade, nervosismo ou, até mesmo, raiva. Pois foi o que eu senti no momento. Odiei a notícia e odiei, por segundos, a pessoa que fez essa brincadeira de péssimo gosto comigo. Mas ninguém mais ria na sala. Ninguém caçoava de mim e me chamava de boba por acreditar nessa piada idiota. Foi quando eu perguntei “isso é verdade?” já sabendo que a resposta era “sim” e chorei. Chorei por dias e por longas noites. Sem deixar transparecer o quanto doeu isso em mim. Mas você se foi e eu fiquei. E tenha certeza que, enquanto eu estiver aqui, serei a melhor pessoa do mundo. Para quando eu for embora também, ter o direito de morar ao seu lado.
Lembro de quando fiquei sabendo da sua partida. Minha primeira reação foi dar gargalhadas. Ri com desespero, incredulidade, nervosismo ou, até mesmo, raiva. Pois foi o que eu senti no momento. Odiei a notícia e odiei, por segundos, a pessoa que fez essa brincadeira de péssimo gosto comigo. Mas ninguém mais ria na sala. Ninguém caçoava de mim e me chamava de boba por acreditar nessa piada idiota. Foi quando eu perguntei “isso é verdade?” já sabendo que a resposta era “sim” e chorei. Chorei por dias e por longas noites. Sem deixar transparecer o quanto doeu isso em mim. Mas você se foi e eu fiquei. E tenha certeza que, enquanto eu estiver aqui, serei a melhor pessoa do mundo. Para quando eu for embora também, ter o direito de morar ao seu lado.
Postei no tumblr.
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