30/04/2010

Confiança

A cada minuto, segundo ou milésimo que se passa. Há alguém, em algum lugar no mundo tendo o coração partido. Seja por um amor impossível, uma descoberta inesperada ou algum desejo não realizado. Pode ser, também, que seja por amizade, pela família, pelas dificuldades da vida... Existem tantos motivos para se derramar lágrimas, que decidi não perder mais tempos listando-os. E por conta disso, irei diretamente ao assunto: Meu coração está partido agora. E não quero que ele se recupere tão cedo. O gosto amargo da dor me agrada quando estou sozinha em meu quarto, ouvindo minhas músicas estranhas e de frente para meu computador.

E sabendo que a qualquer momento esta angústia pode passar e eu voltar a me sentir bem, aproveitarei esse tempo para dizer o real motivo da minha tristeza. Não porque quero que saibam da minha vida, mas sim porque a razão do meu sofrimento, na maioria das vezes, é a mesma que a de todos os seres humanos desapontados. Então isto será construtivo para alguém.

Já deveríamos, desde pequenos, saber que não devemos depositar nossos votos em cima de ninguém. Mas todos nós fomos criados de maneira que nos fez precisar de pessoas físicas as quais podemos confiar. E isso é viciante. Mas será que precisamos mesmo? Se pensarmos bem, a primeira pessoa que nos decepciona é a mesma que implora seus votos de confiança. Quem nunca participou do diálogo “– Mãe, estou com medo. – Não se importe, filho... Estarei contigo a noite inteira“ e quando acordou de madrugada, ainda assustado, ela não estava mais lá? Se nunca aconteceu com você, então pare de ler, pois nada aqui fará sentido.

Se desde crianças, estamos vivenciando o desapontamento diário (em diversas questões) e percebendo que até mesmo a pessoa que mais te ama no mundo um dia mentiu ou mentirá para você... Por que continuamos querendo que as pessoas ao nosso redor sejam cem por cento confiáveis e perfeitas? Talvez não haja ninguém que nunca o despontará um dia - a menos que você não tenha conhecimento do ato alheio. - E isso tem um básico e único princípio: As pessoas não foram feitas na medida certa para o agradar. Mas sim para conviver, apenas. Vivemos em um mundo de provas e expiaçõs, e nós fomos criados para atravessar as pedras em nossos caminhos que não atravessamos em outras vidas. (E muitas vezes essas pedras são nossos almejados “perfeitos” semelhantes)

Já parou para pensar nas suas atitudes e no quanto anda decepcionando as pessoas (antes de cobrar sinceridade e lealdade do próximo)? Refletiu também o quanto os corações partidos e as imperfeições são necessárias para a evolução da humanidade? Para que descubramos que não é obrigação de ninguém ser da forma que gostaríamos, e sim, da forma que são e ponto. Pare com essa mania de criar seus filhos rodeando a confiança carnal, pois só encontrarão este sentimento quando viverem em função da alma. Não perca tempo procurando sua alma gêmea, melhor amigo ou confidente.
Simplesmente: VIVA!

6 comentários:

  1. Não adianta é e natureza do ser humano, sempre esperar algo dos outros. E é verdadeão deveríamos né?

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  2. Solidao que nada...

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  3. às vezes, confiamos nas pessoas mais por ilusão do que por achar que ela merece nossa confiança. Nós queremos que ela demosntre ser confiável, e quando não são, acabamos nos desapontando,.

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  4. Olá, seu blog está perfeito! já estou seguindo querida ;)

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  5. seus textos são tão lindos! Te seguindo linda :)

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  6. Seu texto era tudo o que eu estava precisando ouvir s2

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Obrigada pela atenção ;)